A maquina da vida


Passamos toda vida fazendo, ouvindo, vendo, sendo o que o mundo nos impõe.  Ao chegarmos ao mundo às coisas já estão lá. Com seus conceitos já formados - Isso é uma mesa, aquilo uma cadeira – Pegamos o bonde da vida andando. Cumprimos religiosamente certos paradigmas da sociedade, cultuamos símbolos sem questionar sua existência real, incorporamos ídolos, ícones produtos do mundo de aparência. Adotamos como o belo, pigmentação cutânea branca, íris levemente azulada e pelos dourados como sol, convenientemente imposto pelas mentes manipuladoras.
Tudo que somos hoje, já veio pronto. Nossos gostos são induzidos por fatores externos, tão sutis, tão subliminares que apenas nosso subconsciente capta. Somos escravos do tempo, concordamos em seguir uma rotina, incansável, somos como sísifo rolando a pedra da vida, peças substituíveis, parte da engrenagem da vida e o tempo o combustível da máquina e este passa com velocidade imperceptível.
Também devemos nos preocupar com o futuro do mundo, a máquina só funciona devido as condições que este cenário lhe oferece.
Nossa sociedade está tão promiscua, consumista. Não deixa garantias de um bom futuro para as próximas gerações. Estamos explorando ao máximo o planeta, a cada dia o homem supera-se em seus engenhos tecnológicos, estamos totalmente dependentes da tecnologia, das máquinas, elas são a extensão do nosso corpo. Mas o preocupante é que a juventude de hoje adotou os acessórios tecnológico como parte essencial de suas vidas, ao invés de saírem para rua a fim de se exercitarem, ficam impregnados em seus quatros enjaulados na frente de uma tela de computador, são controlados pelas máquinas, não agem, não pensam sem computador fazendo do cérebro humano apenas um apêndice.
Contudo a história não muda, segue inerte, rígida, no entanto, o futuro é facilmente manipulado. O ser humano construiu um modo de vida insustentável, somos extremamente consumistas, e para alimentar esse monstro temos de explorar com voracidade o meio ambiente e extrair dele o máximo, para saciar o mercado desgarrado da luxúria.


            

Comentários

  1. Nunca dancei no salão da vida, sempre vivi apendiciado na luxúria da história, lixo do tempo, palavras em desuso num mundo mutante, e percebi claramante que o mundo muda, quando encontra pessoas impregnadas não só em quartos, mas em qualquer canto desse espaço escrevendo, usando esse "engenho tecnológico", enquanto executam de alguma forma seu pensamento.
    E olha que prontos, usamos algo também pronto, máquina da mediocridade humana, tão útil(se bem usada), e tão necessária(se bem empregada).
    Sendo o que faço, sou o que ouço, sou o que vejo, não por pura imposição do mundo, mas por simples paradigmas que respondem sobre minha real existência.
    E, enquanto 3:20 deste novo dia, desta nova terça, manipulações pigmentam a máquina da vida, e eu, vigésimo quinto de um contador de visitas criado por talvez dígitos, estou aqui, aqui estou.
    De que adiantou eu ler o topo, todo cobrindo um azul de inverdades,se fiz ontem, mesmo contrariado, e o hoje que alorizado acreditei não chegar, chegou...

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