No vale das sombras
Habitantes da noite rastejam pelos bueiros... Meus passos ecoam pela rua... Olhos estranhos observam-me curiosos... Nada me faz parar... Continuo traçando o caminho que poucos ousariam seguir... Espere! Vejo mãos estendendo-se a minha frente... Talvez se conseguir alcança-las, eu ficarei mais próximo do meu destino... Olhos mortos estão em minha volta, irrequietos, previsíveis... Sinto cheiro de fumaça no ar, é mais forte do que meu corpo, mas meu espírito ainda nutre esperanças... Eu resisto... A força de vontade advém das orações da minha família, dos parentes e dos verdadeiros amigos... Ouço o som das correntes desprendendo-se do meu corpo... Sinto um ar de liberdade, este sentimento intenso enche meu espírito de esperança... Mas os zumbis estão em minha volta, escondidos na penumbra. Vejo a fumaça expelida por suas faces sem vidas... Contínuo andando em direção oposta a eles... Curiosos, eles acompanham meus passos, certos de meu fracasso, cie